16 de mar. de 2013

Quem somos nós? Quem és tu?

Quem somos? O Movimento ProCicloviasPG formou-se a partir da participação na Conferência das Cidades de 2010. Esse início mostra que acreditamos, e muito, na participação da sociedade no processo democrático, seja pelo voto direto, pela apresentação de Lei de Iniciativa Popular e pela participação da sociedade nos foros de debate que estão previstos em lei e que devem ser convocados pelo poder público.

Cidade sem planejamento
Na área da mobilidade pudemos observar nas últimas décadas a promoção de uma estrutura viária terrivelmente míope, de soluções imediatas, sem planejamento, economicamente e ambientalmente insustentáveis e, até certo ponto, burra. Por que burra? Porque qualquer sistema que não seja sustentável a longo prazo é burro, e provavelmente defendido por pessoas burras ou de intenções inconfessáveis. O atual sistema viário brasileiro não é assim por falta de soluções técnicas, pois podemos aproveitar as experiências das cidades e dos países mais avançados do mundo; nossos alunos de mestrado e doutorado (frequentemente financiados pelo Governo Federal através do CNPq) estudam nas melhores instituições do mundo e conhecem outras realidades. Essas coisas não são patenteadas e/ou privilégios dos países mais ricos. Aliás, vivemos no Brasil um ótimo momento econômico, se comparado a tantas partes do planeta, e é uma pena e uma vergonha que esse momento não seja aproveitado para instituir políticas ambientalmente modernas, economicamente e ambientalmente sustentáveis e ambiciosas.

Quando criticamos o sistema político do Brasil, e às vezes usamos palavras mais diretas, não estamos nos referindo a todos os políticos. Evidentemente entendemos que há boas pessoas na política e que essas pessoas querem fazer o que é certo e o que a lei manda. Porém há uma classe de políticos aproveitadora, corrupta, que não pensa nem na população muito menos em sustentabilidade, e que quer apenas criar uma situação que os beneficie, que beneficie seus parentes e amigos e que beneficie aqueles que financiaram suas campanhas. E, infelizmente, como a página policial e os relatórios de CPIs por todo o Brasil atestam, esta é uma boa parte dos políticos. Você que entrou na política recentemente, mas principalmente você que já está nela há algum tempo e proclama-se um político honesto, faça-nos um favor, não defenda seus colegas corruptos; ajude a sociedade livrar-se deles.

Caso em questão, Ponta Grossa. Eu (abaixo assinado) não tenho nenhum problema ou reclamação em relação à atual administração municipal, pelo contrário, eu aprecio o esforço de muitos nesta administração em tentar com sinceridade fazer algo pela segurança dos ciclistas - que é a bandeira do Movimento ProCicloviasPG desde a sua criação. Porém, não sinto que tenho que mudar as palavras usadas para descrever o sistema político brasileiro em geral, porque este continua, de modo geral, a mesma coisa - ou seja, os políticos agem principalmente em favor dos interesses especiais e não no interesse da população que os elegeram diretamente. Em resumo: se a carapuça servir, então vista.

O ProCicloviasPG já foi acusado de promover a "solução universal" chamada "bicicleta". Antes de criticar nosso trabalho, leia nosso blog e verá que não promovemos a bicicleta como panaceia - se você não sabe o que é panaceia, além de ler o blog, sugiro que consulte o dicionário. Acreditamos, como temos dito tantas vezes, que a bicicleta deve ser usada como uma solução integrada ao transporte público. Acreditamos que a bicicleta deve ser promovida como valorosa ferramenta para melhorar a saúde pública - e isso deve, e pode, ser feito tão logo uma administração assuma o poder. Isso não é complicado, é só pintar umas faixas no asfalto e reservar essa área para os ciclistas nos finais de semana. Ah, "tem os ônibus - não podemos fazer nada que impeça a circulação dos ônibus". P...., afinal, quem manda na cidade, a população através do prefeito e câmara municipal, ou a empresa de ônibus - que até onde eu sei é odiada por quase todos e presta um serviço que não é lá grande coisa?

Espero que com isso eu tenha esclarecido mais alguns pontos em relação à atuação do ProCiclovias em Ponta Grossa. Esperamos assim que os políticos e outros integrantes da administração tenham recebido as devidas explicações, que mostram que não somos contra "todos" os políticos e não consideramos a bicicleta com a solução para "todos" os males, porém continuamos e continuaremos sendo um Movimento que reivindica condições mais seguras para os ciclistas em nossa cidade.

Estamos combinados?

Cloter Migliorini Filho
integrante do Movimento ProCicloviasPG

11 de mar. de 2013

Campanha: Entendeu Agora?

ENTENDEU AGORA?
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Compartilhe a Via - todos ganham

Ao mesmo tempo que o ProCicloviasPG estimula o uso da bicicleta, nós nos preocupamos muito com a  segurança dos ciclistas em cidades onde não há uma estrutura cicloviária adequada, ou seja, em todas as cidades do Brasil. Apesar de termos inúmeros exemplos de cidades que investem em ciclovias, ciclofaixas, bicicletários, paraciclos, etc, estes investimentos ainda são tímidos para que a bicicleta ocupe seu merecido lugar no dia-a-dia e no trânsito brasileiros.

Crimes: dirigir e pedalar embriagado
Muitas das nossas ações anteriores são relacionadas com a segurança do ciclista e com suas responsabilidades no trânsito. O ciclista em uma bicicleta é veículo, reconhecido no CBT, portanto recomendamos que todos os ciclistas sigam as leis de trânsito. Isso inclui parar nos sinais vermelhos, dar preferência aos pedestres, sinalizar suas manobras, usar equipamentos de segurança, etc. Acreditamos que o ciclista deve seguir também leis de aplicação obscura a nós, como direção embriagada e excesso de velocidade. Não é seguro um ciclista a 50 ou mesmo 40 km/h na R. Balduíno Taques ou Av. Vicente Machado Também é um fato que há muitas pessoas que vão a bares e botecos, bebem, e ao voltar para casa pedalando envolvem-se em acidentes. Um colega meu de um antigo local de trabalho fez exatamente isso e uma boa parte das ocorrências atendidas pelo SIATE são dessa natureza. Alguns ciclistas andam na contra-mão por julgar mais seguro quando podem ver os automóveis que se aproximam. Estatisticamente está comprovado que este não é o caso - os acidentes são mais graves e mais frequentes quando o ciclista pedala na contra-mão pois muitos automóveis, pedestres e motos não esperam um ciclista vindo daquela direção e o ciclista, por ser mais lento que autos e motos, não consegue evitar a colisão. Todos esses exemplos já foram abordados no blog - faça uma pesquisa e você verá muitos destes artigos. Ciclista, você merece e quer respeito - faça sua parte e também respeite as leis.

Acreditamos que o tema mais atual em Ponta Grossa, no que se refere à segurança do ciclista, é o respeito e o compartilhamento da via entre os vários modais. A prefeitura indica que irá idealizar e executar os projetos de ciclofaixas e ciclovias, porém campanhas de conscientização são necessárias imediatamente para que os motoristas conduzam seus veículos atentos para a presença dos ciclistas. Para isso clamamos que a Prefeitura e o Estado invistam em campanhas nas TVs, jornais, rádio e Internet e propomos que os sindicatos e associações de profissionais  condutores participem ativamente destas campanhas, pois o motorista profissional tem uma influência grande entre familiares e amigos. Não bastará apenas que os ciclistas tenham um local seguro para pedalar - na verdade se os motoristas já respeitassem os ciclistas, não seria necessário criar um local seguro, protegido dos carros. Essa necessidade surge pois uma combinação de fatores como ruas estreitas, motoristas não preparados, falta de sinalização, falta de educação de trânsito curricular, veículos fora-de-controle são tão comuns que mesmo o ciclista mais cuidadoso está em perigo.

Não há dúvida que a bicicleta como meio de transporte faz sentido e seus efeitos são extremamente benéficos para a sociedade e para quem a utiliza. Não podemos compreender a demora das cidades brasileiras em adotar uma política mais sustentável em relação ao tema da Mobilidade Urbana. É um mistério para os ciclo-ativistas donde vem a relutância em estimular o uso da bicicleta. Seria o lobby da indústria automobilística tão poderoso e infiltrado na política brasileira? Bem, eles são poderosos, mas não acreditamos que exerçam influência direta na política local. Nos parece que a mentalidade do sistema político é a mesma do cidadão comum, e daí vem os problemas que presenciamos nas ruas, avenidas e estradas brasileiras.

Compartilhe a Via - é melhor para todos

Neste momento temos que falar de bicicleta para todos que conhecemos - não adianta somente "pregar para os convertidos". Temos que atingir cada vez mais pessoas em nossas conversas, no contato com a família, no trabalho, escola. Precisamos compartilhar essa nossa paixão pela bicicleta e por essa causa com outras pessoas e assim mostrar que iremos todos ganhar quando houver uma política pública séria que promova o uso da bicicleta para lazer, transporte e atividade física - como há em tantos países desenvolvidos.

5 de mar. de 2013

Um ano depois, uma nova tragédia. Aqui nossas sugestões para evitar a próxima.


A ciclista Julie Dias faleceu após colisão com um ônibus na Av. Paulista, SP, dia 02/03/2012. Julie tinha 33 anos, usava a bicicleta diariamente para seu transporte, era conhecida na Av. Paulista e tinha muita experiência. E mesmo assim, pela falta de uma via exclusiva para bicicletas, ela não conseguiu evitar sua própria morte. Dia 02/03/2013 houve uma manifestação em sua memória em São Paulo - ver aqui.

Fábio Matavelli
Aqui em Ponta Grossa, o ciclista Joelcio Xavier faleceu em colisão com automóvel dia 03/03/2012 - praticamente na mesma data que Julie, porém um ano depois. Joelcio trafegava na Rodovia do Talco que leva a uma região da cidade que é conhecida por suas belezas naturais, por suas cachoeiras e pelos locais tranquilos. Infelizmente esta mesma região já foi palco de muitas mortes devido ao abuso de bebida alcoólica, velocidade, vários tipos de imprudência, via estreita e sem acostamento - ver aqui e aqui.

Assim como em São Paulo, os ciclistas de Ponta Grossa sentiram-se todos atingidos por esta tragédia pois todos sabemos como os veículos maiores impõe um risco real à vida dos que utilizam a bicicleta para ir para o trabalho, como Julie e tantos outros, e para os que a utilizam para o lazer, como Joelcio, eu e tantos de nós.

http://naofoiacidente.org/blog/

Quero deixar bem claro que não devemos chamar esses casos de "acidentes". Acidente é algo que não se pode evitar. Por exemplo, mesmo a queda de um avião devido à falha mecânica pode ser facilmente rastreada a um erro humano em uma manutenção anterior, ou a alguma peça cara que não deveria ter passado no controle de qualidade mas foi aprovada porque a empresa não quis arcar com os custos. Eu desafio qualquer um me mostrar uma situação que causa a morte de pessoas no trânsito que possa ser chamada, de fato, de acidente. Imprudência, excesso de velocidade, consumo de álcool ou outras drogas, veículos em más condições de manutenção, falta de sinalização, pavimento inadequado (casos de aquaplanagem ou derrapagem em curvas), falta de acostamento, ruas e rodovias sem manutenção, motoristas com excesso de trabalho portanto cansados - essas são as verdadeiras causas dos "acidentes". A queda do Concorde, as explosões dos ônibus espaciais, uma morte no trânsito não são acidentes. Estes eventos devem ser chamados de "sinistros" - como as seguradoras bem o sabem - são perdas de vidas humanas que podem ser evitadas quando todas as precauções são tomadas, se a fiscalização é aplicada, se a educação de trânsito é levada a sério, enfim - quando todos fizerem a sua parte.

A Rodovia do Talco vem sendo palco de inúmeros destes eventos que ameaçam a vida dos que a utilizam, em particular dos ciclistas e dos que transitam à pé. Alguns destinos são relativamente próximos da UEPG, cerca de 10 km ou menos, e podem ser feitos á pé, por caminhada ou corrida. Porém, a falta de acostamento pode tornar o caminhar e o andar de bicicleta uma aventura arriscada.

Nós do ProCicloviasPG propomos que seja providenciado, imediatamente:
  1. A Rodovia do Talco deverá receber acostamento nas duas direções, de seu início próximo do Jardim Paraíso, até o final do asfalto na localidade de Itaiacoca.
  2. A Polícia Militar irá fiscalizar motoristas (em trânsito ou parados ao lado da pista) quanto ao consumo de álcool através de blitz e de uma viatura que faça o percurso algumas vezes por dia (finais de semana, principalmente à tarde).
  3. A Polícia Militar irá fiscalizar o excesso de velocidade, inclusive com a instalação de radares nos locais de maior perigo (descidas, curvas fechadas, etc.).
  4. As áreas de escape serão mantidas em boas condições, assim como os gramados e acostamentos serão mantidos livres de obstáculos que impeçam sua utilização.
  5. A prefeitura irá fazer campanha de esclarecimento e educação nas TVs, rádios e jornais explicando as ações tomadas, seus motivos e objetivos.
  6. A prefeitura irá, através da secretaria de cultura/turismo e em parceria com o governo do Estado, estimular o uso da Rodovia do Talco para o cicloturismo e, através da maior presença de ciclistas naquela região da cidade, criar a consciência do respeito aos modais de transporte não-motorizado (ex.: caminhar e bicicleta).
  7. A prefeitura irá fazer campanha e divulgar os benefícios do andar de bicicleta para saúde, para a melhoria do trânsito e para a sociedade em geral.
  8. Futuramente, para receber e estimular o cicloturismo, a prefeitura irá instalar quiosques ao longo da Rodovia do Talco com água potável,banheiros e abrigo do sol. Estes locais poderão ter pontos comerciais, seguindo a legislação em vigor, a exemplo do que ocorre em tantas áreas turísticas, ex. Serra da Graciosa.
Iremos protocolar estas sugestões na Prefeitura de Ponta Grossa e na Câmara de Vereadores de Ponta Grossa.

Ciclista morre atropelado na Rodovia do Talco

Reprodução do artigo do Diário dos Campos

Publicado em: 05/03/2013 - 00:00 | Atualizado em: 04/03/2013 - 18:34
Patrícia Biazetto
Ciclistas de Ponta Grossa se reúnem hoje, após às 19 horas, no Parque Ambiental, para protestar a morte de Joélcio Querino, 42 anos, ocorrido no último domingo, na PR-513, após ser atingindo por um automóvel Prêmio. Os manifestantes planejam ainda uma pedalada até o local do acidente, onde será fixado um símbolo em homenagem ao colega. Já ao governo municipal será reivindicado mais fiscalização nas rodovias.
O integrante do Movimento ProCicloviasPG, Cloter Migliorini Filho, diz que vão cobrar do governo municipal mais fiscalização nas rodovias. “Estas ações são de extrema importância, pois aquela via é utilizada por um número crescente de ciclistas e outras pessoas que procuram aquela parte da cidade por suas belezas naturais, cita. Segundo ele, várias infrações são cometidas na Rodovia do Talco. “Pessoas que retornam de locais como o Capão da Onça são muitas vezes flagradas dirigindo enquanto seguram latas de cerveja. Há ainda vários veículos que são flagrados parados ao lado da rodovia, com porta-malas aberto e seus ocupantes bebendo cerveja ao lado da estrada. Também é presenciado excesso de velocidade de veículos que trafegam ali”, exemplifica.
O acidente que resultou na morte de Xavier ocorreu por volta das 16h40 do último domingo, na Rodovia do Talco, em direção ao Passo do Pupo/Itaiacoca. O automóvel envolvido no acidente, conforme relatório dos bombeiros, foi um Prêmio, placas ADV 0968, de Ponta Grossa, conduzido por Rafael José dos Santos. O veículo, após a colisão, saiu da pista e ficou atravessado num canteiro, bastante avariado. O motorista do carro não sofreu ferimentos. O corpo da vítima foi encaminhado para o Instituto Médico Legal (IML).
Principalmente nos finais de semana é intenso o fluxo de bicicletas na rodovia, que dá acesso a diversos pontos turísticos da cidade, a exemplo do Capão da Onça, Buraco do Padre, São Jorge, Mariquinha, entre outros. O problema se acentua ainda mais, já que a rodovia não tem acostamento. Com isso, veículos e bicicletas dividem o mesmo espaço.
O acidente que resultou na morte de Joélcio Querino Xavier, 42 anos
 aconteceu no último domingo, na rodovia do Talco.
Foto: 
Fábio Matavelli

4 de mar. de 2013

Os meus sentimentos

Neste momento há uma família que não mais verá um ente querido. Neste momento há muitos amigos que terão que superar a perda de um companheiro. Nesse momento há uma bicicleta a menos nas ruas.

Usamos a bicicleta para transporte e usamos a bicicleta para aliviar o estresse da vida diária. Usamos a bicicleta para explorar a maravilhosa natureza da nossa região assim como a usamos para ensinar nossas crianças como ser pessoas mais íntegras, responsáveis e respeitadoras dos direitos dos outros. A bicicleta proporciona, a cada pedalada, a certeza que todos os seres humanos foram criados para viver em harmonia e cooperação. A bicicleta pode ser um instrumento de revolta contra um sistema injusto, assim como pode ser usada em atos pacíficos de união dos povos - como mostram aqueles que, com ela, atravessam continentes apenas impulsionados pela força do seu coração e do seu ideal. A bicicleta é perfeita em sua concepção, em sua forma e no seu uso. Ela oferece muitas e muitas vezes o seu custo em aprendizado, saúde, confiança, esperança, enfim, em vida.

Compreenda o que é andar de bicicleta: o ato de usar um meio de transporte considerado perfeito, moderno apesar de ter centenas de anos, sempre atual em seu design insuperável, infinitamente adaptável na função, eternamente eficiente e que nos ensina que as melhores ideias sempre foram e continuarão sendo as mais simples. A simplicidade da bicicleta evoca a simplicidade dos sentimentos das boas pessoas, sem excesso de palavras, sem excesso de teoria, sem excesso de ação - apenas o estado de ser, de avançar pelas ruas de asfalto ou de terra superando pequenos e grandes dificuldades com a mesma atitude humilde porém confiante dos que não precisam professar suas crenças aos quatro ventos o tempo todo.

A bicicleta, ah bicicleta... solução simples para as complicações que nos rodeiam nesse mundo tantas vezes incompreensível. A bicicleta, ah bicicleta... companheira de crianças e de adultos, de atletas e dos que a usam no caminho do trabalho. Minha escolha é morrer sem sofrer, mas se for para sofrer, que seja junto da minha bicicleta.

Acidente causa morte de ciclista na Rodovia do Talco - 03/fev/2013

Amigos, parceiros e apoiadores,

Hoje, 03/fev/2013, ficamos entristecidos pela notícia de falecimento de um ciclista que trafegava pela Rodovia do Talco, em direção ao Passo do Pupo/Itaiacoca, após colisão um carro. Em respeito à família da vítima, omitimos seu nome. Ainda não temos detalhes sobre este acidente, porém sabemos que naquela via são costumeiramente cometidas várias infrações:

  • Direção embriagada. Pessoas que retornam de locais como o Capão da Onça são muitas vezes flagradas dirigindo enquanto seguram latas de cerveja.
  • Vários veículos são flagrados parados ao lado da rodovia, com porta-malas aberto e seus ocupantes ingerindo bebidas alcoólicas ao lado da estrada.
  • É constantemente presenciado o excesso de velocidade por parte de todo tipo de veículo que trafega ali - carros, camionetes, caminhões, ônibus e motos.

Estas infrações podem ser coibidas através de simples fiscalização, o que será solicitado à prefeitura e à polícia militar (ou órgão competente) por ofício esta semana. Estas ações são de extrema importância pois aquela via é utilizada por um número crescente de ciclistas e outras pessoas que procuram aquela parte da cidade por suas belezas naturais. É uma verdadeira tragédia que uma das nossas melhores áreas para cicloturismo seja também palco de tantos acidentes e infrações.

Pedimos que nossos apoiadores se manifestem no Facebook e no blog comentando as matérias que temos a respeito disso e sobre as ações que em breve serão tomadas para que o poder público seja sensibilizado em relação à urgência de medidas que aumentem a segurança de todos que trafegam por aquela via, em especial os ciclistas.

Os amigos que comparecem ao Pedal Noturno, procurem comparecer e levar cada vez mais participantes pois com o aumento da presença de ciclistas nas ruas de Ponta Grossa os motoristas dos outros veículos tendem a desenvolver mais consciência e respeito pelos outros transportes.

Em nome dos integrantes do ProCicloviasPG e de todos que anseiam por uma Ponta Grossa amiga da bicicleta, saudações cicloativistas.

Obs.: o relatório referente ao acidente de hoje foi obtido na página do 2ºGB
http://www.bombeiroscascavel.com.br/bombeirospr/index.php
/03/2013 

16:40
CB Ponta Grossa





  • Acidente em meio de transporte - Colisão Auto x Bicicleta
  • Atendimento pré-hospitalar,Isolamento do local





  • Endereço: Rodovia PR 513, Num: 000 -- Bairro: JARDIM PARAISO
  • Referência: PG/ Itaiacoca.
  • Municipio: Ponta Grossa





  • AA 8307 (Central)
  • ABS 9819 (Central)





  • XXXXX, 42 anos, Óbito #Destino: IML # Orgão: IML


  • Automóvel marca Fiat, modelo Premio, placa XXXXX/Ponta Grossa - Pr -- XXXXX
  • Bicicleta marca não apurado, modelo montain bike, placa XXXXX / XXXXX -- XXXXX.
  • 2 de mar. de 2013

    Entrevista sobre mobilidade urbana no DC

    ProCiclovias em entrevista no Diário dos Campos sobre o problema dos caminhões pesados no centro da cidade.

    "A presença de veículos pesados nas principais ruas e bairros de Ponta Grossa é um dos fatores que atrapalham a mobilidade urbana do município. Além do transtorno do tráfego em horários de pico, a cidade possui três leis que impedem carga e descarga em horários determinados. A Autarquia Municipal de Trânsito e Transporte (AMTT) estuda nova legislação para a cidade."


    Caminhão fazendo carga/descarga. Créditos: DC
    Leia mais neste link.